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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Filmes Vencedores do festival de cinema do Rio


VIPs foi o grande vencedor da cerimônia de encerramento do Festival do Rio 2010 realizada nesta terça-feira (05/10) no Odeon Petrobras. O júri oficial de 2010, composto por Gustavo Dahl, Bruna Lombardi, Jorge Sanchez e Léo Monteiro de Barros, deu ao filme quatro do total de quinze prêmios.
O longa-metragem de Toniko Melo foi premiado com o Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção e ainda rendeu ao elenco recebeu três dos quatro prêmios da categoria: Melhor Ator para Wagner Moura, Melhor Ator Coadjuvante para Jorge D'Elia e Melhor Atriz Coadjuvante para Gisele Fróes.
O filme se baseia na história real de Marcelo Rocha, um golpista que usou mais de 15 identidades falsas para enganar o alto escalão brasileiro, fazendo-se passar por herdeiro de uma companhia aérea e coroando seu sucesso de ludibriador no programa de televisão de Amaury Jr.
Com première mundial no Festival, VIPs teve uma das sessões mais concorridas do Odeon Petrobras, e também lotou a sala de debates do Cine Encontro no Pavilhão, com participação intensa do público.
A história do estelionatário deu origem ao livro “Histórias Reais de um Mentiroso”, de Mariana Caltabiano, que deu origem ao documentário homônimo, também exibido na Première Brasil 2010.
O filme estréia no circuito comercial no dia 25 de março de 2011.
O documentário “Diário de Uma Busca”, primeiro longa-metragem de Flavia Castro, foi agraciado com dois importantes prêmios nesta edição do Festival: além do Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem Documentário, “Diário” foi eleito como melhor filme pelo júri da Fipresci, composto pelos críticos Wolfgang Hamdorf, Neusa Barbosa e Patricia Rebello. O filme surgiu da necessidade da diretora em desvendar o desaparecimento de seu pai, militante e exilado político morto em circunstâncias suspeitas na década de 80.
Paralelamente a essa investigação, Flavia buscou resgatar registros e memórias do período vivido com a família no exílio, revisitando velhos papéis, registros e os lugares onde haviam morado.
O resultado é um filme que acaba por fazer um balanço da vida de um dentre tantos militantes que lutaram contra a ditadura no Brasil e acabaram exilados. A diretora esteve no Rio de Janeiro a convite do Festival e foi entrevistada pelo Redentor. A íntegra da entrevista pode ser lida no site www.festivaldorio.com.br.
O Troféu Redentor de Melhor Curta-Metragem foi para “Vento”, de Marcio Salem, que traz um elenco de peso para contar sobre uma pequena cidadezinha isolada no Brasil que fica sem vento.
O júri desta edição foi especialmente atencioso com o formato de curta-metragem, concedendo o Prêmio Especial do Júri de 2010 para o curta “Geral”, de Anna Azevedo, sobre os freqüentadores da arquibancada geral do Maracanã.
Charly Braun foi novamente premiado pelo Festival do Rio, recebendo o prêmio de Melhor Direção por “Além da Estrada”, road movie que marca sua estréia na direção de longas.
Karine Teles ficou com o merecido prêmio de Melhor Atriz pelo seu trabalho em “Riscado”, de Gustavo Pizzi, um filme de baixíssimo orçamento, quase artesanal, que repousa totalmente no desempenho da atriz.
“Elvis & Madona”, de Marcelo Laffitte, com seu enredo de lésbicas e travestis, levou o Redentor de Melhor Roteiro. O filme traz Simone Spoladore e Igor Cotrim no elenco e foi rodado em Copacabana.
Adrian Tejido foi vencedor do prêmio de Melhor Fotografia por seu trabalho em “Boca do Lixo”, de Flavio Frederico, rodado no centro de São Paulo. Vânia Debs, também pelo trabalho em “Boca do Lixo”, levou o prêmio de Melhor Montagem.
O público do Festival também escolhe seus filmes preferidos por meio do voto popular, recolhido ao final da sessão de cada filme concorrente. O resultado foi apurado e anunciado na cerimônia de encerramento, com entrega dos troféus para os vencedores.
O prêmio de Melhor Longa Metragem de Ficção pelo Voto Popular ficou com “O Senhor do Labirinto”, de Geraldo Motta, que levou ao grande público a história de Arthur Bispo do Rosário, artista esquizofrênico que passou 50 anos de sua vida internado em um manicômio, realizando um trabalho artístico com bordados, textos e ready-mades mumificados – objetos enrolados em linhas desfiadas do uniforme hospitalar.
O melhor documentário na opinião popular, levando o prêmio de Melhor Longa Metragem Documentário pelo Voto Popular foi “Positivas”, de Susanna Lira, que aborda o assunto tabu de mulheres casadas soropositivas, muitas das quais contraem o vírus do HIV dos próprios maridos infiéis.
“Um Outro Ensaio”, de Natara Ney, ficou com o Troféu Redentor de Melhor Curta Metragem pelo Voto Popular. O filme conta a história de um casal apaixonado: ela, cega como resultado de um acidente, tenta entender o mundo na escuridão, ele, apaixonado, faz de tudo para cuidar da mulher que ama.
 

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