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Mais um acidente no Sambódromo do Rio de Janeiro deixou ao menos 12 feridos na segunda noite de desfiles do Grupo Especial. Parte do carro alegórico da Unidos da Tijuca cedeu e atingiu componentes da escola. Na noite deste domingo (28), outras 20 pessoas ficaram feridas durante a apresentação Unidos da Tuiuti.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde dos 19 pessoas foram atendidas. Entre elas, 12 ficaram feridas e oito tiveram crise de ansiedade. Seis vítimas foram encaminhadas para hospitais. Segundo informações do G1, dois casos são considerados mais graves.
"Eu não sei dizer o que aconteceu, eu sei que o carro tombou. A gente teve vários ensaios no barracão e nunca aconteceu nada. Não sei o que aconteceu hoje. É lamentável isso, muito triste mesmo. Eu passei lá na frente e agora é terminar e mostrar para as pessoas que estão em casa o carnaval lindo que a gente propôs", declarou a carnavalesca Annike Salmon.
Jorge Castanheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), afirmou que vai apurar as causas do acidente. "Há mais de 30 anos é assim. Tem que ver como resolver a equação para o ano que vem", declarou.
O prêmio Estandarte de Ouro, do Globo, elegeu a Estação Primeira de Mangueira como a melhor escola do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
De acordo com o Globo, a beleza e emoção do desfile conquistaram os jurados que deram o título pelo segundo ano consecutivo para a escola verde e rosa.
Com um enredo homenageando o Marrocos, a Mocidade Independente de Padre Miguel levou para a Sapucaí uma coreografia com direito a um Aladdin voando em seu tapete mágico. A cena impressionou o público das arquibancadas - e até o comentarista da Rede Globo Alex Escobar -, que, por alguns instantes, acreditou estar mesmo vendo uma pessoa voando. A mágica só foi quebrada quando o objeto foi visto de perfil: tratava-se de um aeromodelo adaptado com uma folha de papelão impressa com a imagem de um homem.
"Que é isso... Achei que fosse um drone!", comentou Escobar no momento em que o objeto voava em frente ao estúdio da Globo na Sapucaí.
Realmente parecia um homem voando. Na verdade, o mesmo que reaparecia, em carne e osso, em cima de uma caixa que deslizava pela pista, cercado de beduínos, até entrar em uma tenda, de onde saía novamente o tapete voador.
"É um aeromodelo", explicou ao UOL o coréografo da comissão de frente da Mocidade após o desfile. "Queríamos que desse a impressão de que o Aladdin realmente estivesse voando mesmo que por alguns segundos", disse. "Imprimimos uma foto de alta resolução e montamos uma espécie de maquete. A reação do público foi incrível", comemorou.
Além de brilhar muito como musa da União da Ilha no segundo dia de desfiles na Sapucaí, Dani Sperle tinha outro objetivo nesta segunda-feira (27): sambar com o menor tapa-sexo da avenida.
Infelizmente o recorde ficou prejudicado porque a musa perdeu a peça. "Perdi fazendo fotos, você acredita? Tinha 2,8 cm. Meu estilista precisou fazer outro às pressas. Tem 3,5 cm, mas ainda é o menor", disse a musa que está vestida de "sopro de amor".
Questionada se os fãs não ficarão decepcionados com a mudança de última hora, Sperle garantiu que o importante é manter o recorde. "Pode conferir não tem nenhum menor na avenida".
Escola foi vice-campeã em 2016. Agora, levou a taça no critério de desempate com a Dragões da Real, que obteve a mesma pontuação e ficou com o vice.
Por G1, São Paulo
Destaque da Acadêmicos do Tatuapé, desfila pelo Anhembi (Foto: Alan Morici/G1)
A Acadêmicos do Tatuapé é a escola campeã do carnaval 2017 de São Paulo. Depois do vice em 2016, a escola da Zona Leste levou seu primeiro título com uma homenagem à Mãe África. O campeonato veio no critério de desempate: a escola ficou com a mesma pontuação da Dragões da Real (269,7 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito samba-enredo .
Presidente da Acadêmicos do Tatuapé comemora título do carnaval de São Paulo
O presidente da agremiação, Eduardo Santos, agradeceu os integrantes pelo empenho na conquista do primeiro título. "Nós viemos aqui e mostramos para esse povo o que é a festa africana. O continente que mais sofre no mundo, mas que sabe fazer festa", disse.
"Agora nós somos campeões do carnaval. Ninguém pode escrever a história do carnaval de São Paulo sem passar por 2017 e sem citar o nosso nome", afirmou o presidente da Tatuapé. O presidente minimizou a polêmica da troca dos jurados e avaliou que as notas foram coerentes com os nomes das escolas apontadas como destaques.
FOTOS: veja como foi o desfile da Acadêmicos do Tatuapé abaixo.
Comemoração da Acadêmicos do Tatuapé no sambódromo do Anhembi (Foto: Werther Santana/Estadao Conteúdo)
O G1 acompanhou ao vivo a cobertura da apuração das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo. A apuração das notas aconteceu na tarde desta terça-feira (28), no Anhembi, na Zona Norte da cidade.
Veja todas as notas da apuração do carnaval
Andreia Capitulino, rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé (Foto: Alan Morici/G1)
Integrantes da Acadêmicos do Tatuapé comemoram vitória durante apuração de notas no Sambódromo do Anhembi. (Foto: Peter Leone/Estadão Conteúdo)
Classificação final
Veja abaixo o posicionamento das escolas. Águia de Ouro e Nenê de Vila Matilde são rebaixadas.
(Foto: Arte/G1)
Comparação entre os resultados dos carnavais de 2016 e 2017 (Foto: Arte/G1)
Animais são representados em carro da Acadêmicos do Tatuapé (Foto: Flávio Moraes/G1)
Exaltação ao povo africano
A Tatuapé foi a quarta escola a desfilar na primeira noite de carnaval. Comandada pelo carnavalesco Flávio Campello, a Tatuapé fez uma exaltação do povo africano, de sua cultura e dos seus deuses com o enredo: "Mãe-África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade ao abençoado menino da terra do ouro".
Na madrugada do sábado (25), contou com 3,2 mil componentes, cinco alegorias e completou seu desfile com 61 minutos — a 4 minutos do limite. Suas fantasias representavam os diferentes grandes reinos da história do continente e seus países atuais, além das religiões africanas, como o cadomblé, o cristianismo e o islamismo.
Acadêmicos do Tatuapé trouxe alegorias sobre orixás (Foto: Alan Morici/G1)
Aos 72 anos de idade, Leci Brandão foi responsável por abrir o desfile, sambando e cantando à frente da comissão de frente, composta por 14 guerreiros protetores da árvore do Baobá, símbolo da força e da resistência do povo africano.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego e Jussara desfilaram pelo sexto ano na escola, e conquistaram uma nota 10 e outras três 9,9.
O carro abre-alas simbolizava "A Matriz da Vida" e apresentava a África como berço da humanidade. Nas alas seguintes, a escola apresentou componentes que representavam reinos africanos: Egito, Mali, Songhai, Iorubá, Benin e Marrocos. O segundo carro da escola representava "África de todos os reinos", destacando as preciosidades encontradas nesses diferentes povos.
Na sequência a escola trouxe alas que representavam as religiões: candomblé, cristianismo, islamismo, hinduísmo e judaísmo. O terceiro carro, uma espécie de templo do ecumenismo, foi batizado de "África de todos os deuses".
O desfile seguiu com uma ala dedicada para cada uma das formas de expressão: pintura, escultura, poesia e literatura, musicalidade e carnaval. Estas alas foram acompanhadas do quarto carro, "Da África: samba, congada e maracatu", uma síntese das manifestações culturais que unem o Brasil à África.
Encerrando o desfile, uma homenagem ao Zimbabwe, com cinco — de suas 21 — alas e um carro alegórico dedicado à história do país, desde o Império Monomotapa, passando por sua colonização até o país que é hoje. O final ainda teve direito a paradão da bateria com a escola cantando sem os instrumentos.
Escola de samba foi a quarta a desfilar na madrugada de sexta-feira para sábado (Foto: Flávio Moraes/G1)
Trajetória da escola
A Acadêmicos do Tatuapé retornou ao Grupo Especial em 2013 e foi a vice-campeã no ano passado. A agremiação foi fundada em 1952 e está sediada na Rua Melo Peixoto, no bairro de mesmo nome. O título chega após 5 anos seguidos desfilando no Grupo Especial. Em seu retorno à elite do carnaval de São Paulo em 2013, a Tatuapé ficou apenas na 11ª colocação. Em 2014, ficou em 6º lugar. Em 2015, terminou na 12ª colocação.
Trajetória da Acadêmicos do Tatuapé (Foto: Arte/G1)
VÍDEOS DO DESFILE
Íntegra do desfile da Acadêmicos do Tatuapé
Andrea Capitulino é a rainha da bateria da Acadêmicos do Tatuapé
Bateria Qualidade Especial vem representando os filhos da Mãe-África
Abre-alas da Acadêmicos do Tatuapé traz a África como o berço da humanidade
Acadêmicos do Tatuapé contar a história da mãe negra da humanidade: a África
Celsinho Mody é a voz da Acadêmicos do Tatuapé na avenida
Sabrina Boing Boing representa a mulher real no desfile da Acadêmicos do Tatuapé